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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O adeus ao cinema


Ettore Scola põe um ponto final na carreira de realizador


Ettore Scola, um dos realizadores dos grandes clássicos italianos rodados nos estúdios Cinecitta em Roma, a par de Federico Fellini, Roberto Rossellini e Vittorio de Sica, explicou não estar mais sincronizado com a indústria cinematográfica. 

“A minha experiência no mundo da realização já não é o que costumava ser: descontraída e feliz. Hoje há lógicas de produção e distribuição com as quais eu não me identifico”, contou o realizador, acrescentando que no cinema é fundamental ter liberdade de escolha. “Estava a começar a sentir-me obrigado a respeitar regras que não me permitiam sentir livre.”



foto Daniel Rocha


Eu amo seus filmes, o que me prende até hoje é o filme "A Viagem do Capitão Tornado". Há uma excelente critica sobre este filme no Blog No Ar, destaco o seguinte:

"O filme faz pensar em muitas coisas, a relação da arte com a mercadoria. O vínculo essencial de todo artista com sua criação, a contradição de passar fome sem ceder ao amor pela arte. Na década de 1930, o filósofo Alemão Walter Benjamim chamou atenção para a perda de “aura ” da arte ao se tornar mercadoria na sociedade capitalista. A viagem do capitão Tornado é ambientada em 1774, poucos anos antes da revolução francesa. É um prenúncio da igualdade, liberdade, fraternidade ( até hoje inatingíveis no mundo real ). Hoje, os teóricos falam em capitalismo criativo ( a partir de uma proposta de Bill Gates) , economia do simbólico (Pierre Bourdier ) como um novo ciclo em que os produtos manufaturados são cada vez mais substituídos por signos. A abertura do signo- entre o significante e o significado – é o campo da metáfora.
Os rumos da história são incertos, ainda mais quando se trata de mirar o futuro. Não sabemos pra onde vai o mundo, mas a beleza do Capitão Tornado é a nostalgia por essa aura da arte, além e aquém de toda mercadoria. É uma história de amor pelas metáforas que vale a pena ser (re) vista."

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